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Sistema que monitora pneus vence Prêmio Inovação

A Alientronics chega ao mercado com a proposta de trazer a tecnologia mais perto dos frotistas, com um produto que promete dar a maior durabilidade e confiabilidade aos pneus

 

Felipe Metz (à esq.): o sistema tem a vantagem de ser aberto. (Foto: Marcia Pinna Raspanti)

Felipe Metz (à esq.): o sistema tem a vantagem de ser aberto.

(Foto: Marcia Pinna Raspanti)

A ALIENTRONICS É UMA STARTUP de Porto Alegre, criada em 2013 por Felipe Werle Melz, engenheiro de controle e Automação. A empresa, especializada em tecnologia, com foco em transportes, foi a escolhida para receber o Prêmio Transporte Moderno & TruckPad de Inovação no Transporte, durante o evento Frotas Conectadas, promovido pela OTM Editora e pela Truckpad, na Oxigênio Aceleradora, em São Paulo. O produto desenvolvido pela Alientronics é um sistema que monitora as condições dos pneus, enviando as informações relevantes para o gestor da frota.
 
De acordo com Melz, a idéia do dispositivo surgiu em uma reunião com a diretoria da Transportadora Minuano. “Buscávamos um produto para melhorar os negócios do transporte de cargas. Foi exposto que dois dos três maiores custos do setor são o combustível e os pneus, e que não havia um procedimento eficaz para o controle de suas condições de rodagem. Após esta conversa, fizemos uma pesquisa com transportadoras da região e verificamos que o problema é global. Há estudos e estatísticas internacionais apontando a solução de monitoramento automático através de sensores como a mais eficiente, e única capaz de controlar todos os pneus de uma grande frota”, conta. 
 
O equipamento foi testado em um veículo durante três meses. “Comparamos os resultados financeiros e operacionais, aplicando este resultado a uma frota de cem caminhões de 18 rodas (conjunto cavalo carreta). Comprovamos uma redução de custo de R$ 300 mil por ano, sem contar custos administrativos, de operação, diminuição de quebras em beira de estrada, acidentes e o ganho no número de recapagens que o pneu terá, uma vez que o motorista e o gestor da frota são alertados de problemas antes de perder totalmente a carcaça do pneu. Desenvolvemos um hardware que se cola na parte interna do pneu, podendo monitorar precisamente pressão e temperatura. O sensor é totalmente selado, não sofre danos com líquidos, poeira ou vibração, tendo a duração de três anos”, relata Melz.
 
Os dados são enviados para o app Android por Bluetooh a cada cinco minutos, ou em eventos de perigo, tendo um controle real do veículo. O aplicativo Android armazena os dados recebidos por todos os sensores do veículo e, havendo conexão com a internet, transmite os dados para o painel de controle. Qualquer evento gera um alerta instantâneo no aplicativo avisando o motorista se o pneu estiver murcho, superaquecido ou estourado. 
 
Pelo painel de controle do gerente de frotas pode-se ter uma visão global da saúde de todos os veículos, podendo gerar relatórios analíticos sobre o custo operacional da empresa e dos veículos. 
 
A avansat, empresa de segmento de segurança de cargas, com 21 anos de atuação, é apoiada pelo projeto e esta realizando testes internos. “ Estamos preparando uma bateria de testes em larga escala e até estamos recrutando transportadoras inovadoras que estejam interessadas em comprovar os benefícios deste sistema” . 
 
Ainda segundo Melz, a solução da Alientronics tem a vantagem, em relação aos produtos similares existentes no mercado, deve ser completamente aberta. “ Tanto hardware quanto software estão prontos para se integrar em qualquer rastreador via comunicações CAN, RS-232, RS-485 ou Bluetooth, e com nosso software através de nossa API (Interface de Programação de Aplicativos, em português)” , diz Melz.
 
Como o foco é proporcionar maior durabilidade e confiabilidade dos pneus, o software da empresa (Fleetany) funciona como um borracheiro particular, indicando quais os momentos mais propícios para o rodízio, recapagem e aquisição de novos pneus metro rodado. 
 




Votuporanga, 16 de Agosto de 2016


Transporte Moderno Ano 52 nº 477 Pág. 54




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